segunda-feira, 17 de setembro de 2012


Não está para as formas
milimétricas métricas;
Nem para populares
ou intelectuais seculares;
Nem para o impetuoso literato
ou o anêmico acadêmico;
Nem para a menininha apaixonada
vestidinho em flor,
inocência bordada;  
Ou para o rapaz militante
preocupado, social,
politicamente atuante;
Não serve como auto-ajuda
na hora do Deus-nos-acuda;
Se cria palavras novas,
se fala palavras mudas,
retratos cotidianos,
ou imagens absurdas;
Não está aqui para deleite
nem tão pouco, como um enfeite
nem está para o olho que chora,
nem sequer para o olhar que ri.

A poesia não está nem aí!