tag:blogger.com,1999:blog-3827390565716734217.post1172846394137863445..comments2013-09-24T12:33:53.577-07:00Comments on Clichês inéditos: Bem dito.clichês inéditoshttp://www.blogger.com/profile/05932548539010624946noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-3827390565716734217.post-12461839875902034832013-09-24T12:33:53.577-07:002013-09-24T12:33:53.577-07:00Me interesso por metaliteraturas. Seu poema vai fi...Me interesso por metaliteraturas. Seu poema vai ficando prosaico e panfletário até o final.<br />Mas o que quero destacar é a riqueza dos versos: "Mas deve o artista sê-lo sem saber/ em sua inocência, tudo conhecer". A ambivalência provocada encerra uma "contra-dicção" abundante, a qual suscita os planos possíveis pela poesia. O poeta deve ser poeta, sem saber-se poeta, ou sem saber ser poeta, ou mesmo sem nada saber, só pelo dever. Mas, por outro lado, no plano maior do eu-lírico, quem escreve esses versos também é poeta. Então, quem está dizendo que o poeta deve ser sem saber é um poeta; mas como o poeta não sabe, também não saberia disso que acabou de dizer. Isto é, o efeito de uma força labiríntica, espiral infinito, indicando que a resposta é sempre postergada, perifrásica. Isso garante a sobrevivência da palavra - daí um dever do poeta: explorar, inocentemente, na palavra o conhecimento todo. E assim, claro, nos dissolvemos nessa verdade universal. Grande poema!Nilson Carvalhohttps://www.blogger.com/profile/06496159513633950887noreply@blogger.com