quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A difícil vida fácil!

Estudar para estatística, comprar lingerie, ler Marx enquanto faz as unhas, trabalho de cálculo, academia, aeróbica (1 hora), anunciar nos classificados, malhação, agendar compromissos, escovinha enquanto lê a sessão de economia do jornal, atender clientes (4, só a tarde), depilação, acessórios sexuais, aguentar o gerente do banco, gordo, peludo e suado, trabalho em grupo, sexo grupal! Ufa! e há quem diga que essa vida de garota de programa universitária é fácil.


Alexandre Revoredo

quarta-feira, 8 de junho de 2011

"Poema expressionista abstrato vanguardista contemporâneo" ou "F de gramática e R de línguística"

"O frio esfria o fio, resfria a esfirra e o refri, ferra a farra, faz no ferro ferrugem e nos faz forrar o forro _ e o Cebolinha tloca as letlas."

Alexandre Revoredo 08/06/2011

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Convite


Convite

Vem ser artista comigo...

Nosso domingo passa a ser na segunda

Nosso patrão, a gente dá um pé-na-bunda

Vem ser artista comigo...

Vamo sair pelo mundo, criando e representando,

cantando o que o povo sente, seja rindo ou chorando

Vem ser artista comigo...

No palco, no chão, e na vida, sem deixar cair o pano

E poder tornar eterno, qualquer dia, mês ou ano

Vem ser artista comigo...

pra bater perna no mundo, meio assim, feito cigano

e varar as noites nuas, felizes, esse é o plano

Vem ser artista comigo...

Ser feliz, fazer feliz, e a vida ir ganhando

O convite já está feito to apenas te esperando.

Alexandre Revoredo, 19/05/2011


Para Ster.



sexta-feira, 18 de março de 2011

Mea Culpa?

Choveu, raiou, gritou o trovão, é o planeta reclamando seu direito de cidadão, as cidades clamam, embaixo das casas, água em cima das casas, água. Passam pontes, viadutos, aos montes, crianças e adultos, nossas águas de março que agora são de todo o ano. Rezemos pra Nossa Senhora, sem hora pra orar, pra que caia somente uma chuva bem fininha, e não das chuvas que carregam a tua cama e a minha, que levam almas e corpos e vidas inteiras desconstruídas, indo e vindo nesse infinito mar de tristeza. É o mundo reclamando, é o solo estremecendo, é o mar se levantando, adentrando a terra, levando, lavando, ceifando sonhos.

domingo, 9 de janeiro de 2011

"Em boca fechada não entra mosquito"


Quem muito fala pouco ouve e por muito falar joga pérolas aos porcos. Perigo maior não é só ter a língua solta, é também falar o que não deve com quem não se deve, pois quem fala demais acaba esquecendo que a palavra é de prata e o silêncio é de ouro. Terrível mania essa de meter o pau nos outros.
Falar mal dos outros é fácil, difícil é falar bem, digo-lhes, pois quem avisa amigo é: “quem tem língua grande não sabe guardar segredo”. Os fofoqueiros são todos iguais, farinha do mesmo saco. E se em cada conto aumenta um ponto, o mal falador dificilmente mata a cobra e mostra o pau. É até capaz de se desculpar dizendo se sabes do que eu sei, cala-te que eu me calarei.
O fofoqueiro acha ruim quando leva o nome de invejoso, e esquece que quem fala demais dos outros em vez de comer filé, rói o osso. É mesmo como o povo diz: ele vê defeito em todo mundo, menos no próprio nariz. Mas quem fala o que quer, ouve o quer não quer e o mal falador num instante aprende que pimenta nos olhos dos outros é refresco.
Fala que só o homem da cobra e só se dá “conta” que falou além da “conta” depois que a vaca foi pro brejo. Mas como aqui se faz, aqui se paga não adianta chorar pelo leite derramado, pois a boa fama granjeia quem não diz mal da vida alheia.


(Stephany Metódio e Alexandre Revoredo)