terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O último dia...




Depois do último dia, tudo o que vier será "o primeiro"...

Pela palavra





Pela lei, a palavra lavra, a palavra trava, a bem da palavra
Pelo sexo, a palavra excita, a palavra agita, não te limita
Pelo amor, a palavra declama, a palavra inflama, aquele que ama
Pela vida, a palavra incita, a palavra dita, o quão é bonita

A palavra, dita em prosa, pode virar poesia,
e poderá ser um dia, uma sutil melodia

Pela mentira, a palavra dói, o que se construiu, ela vem, destrói
Pelo menos, pelo mais, a palavra fez, a palavra faz
Pelo dito e pelo não dito, a palavra fato, a palavra mito
Pela fardo, pela preguiça, a palavra arde, a palavra enguiça

A palavra, dita em prosa, pode virar poesia
E virá a ser um dia, uma sutil melodia

Pelos pêlos, pelos poros, a palavra seca, a palavra sua
Pela calma, pelo medo, a palavra embala, esconde segredos
Pela verdade e pela fé, a palavra foi, a palavra é
Pelo poder da palavra, a palavra vela, e minh’alma lava


Alexandre Revoredo

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

À Maria, de graça!


O presente 3

Faz falta a cor e a harmonia, se foi a cumplicidade, os bons conselhos dados e recebidos, o menu variado, o fino da bossa, o torpor baseado, a alegria nossa. O perfume dos cabelos, as flores colores e até a revolta com os pêlos.
Não tem mais discussão, ao menos aqui, discurso, recurso gramatical. Não tem mais atrasos, também não tem mais presença. Não tem mais desafinos, voz bonita, boa música, sobrou o desatino.
Se foi a letra pra melodia, a melodia pra poesia, o samba, reggae de primeira, abraços, cachaça e risada a noite inteira.
Para onde foi o talento invejável, a letra legível, o" ser do bem" mais possível, o irreal e o tátil?
Se foi a flor delicada, nossa Maria Chiquinha, fantasia de muitos, conquista de poucos triunfantes barbudo-cabeludos.
A irmã, a amiga, a companheira de luz e de vela, a parceira, a pariceira, a nossa namoradinha, viajante viajada, a hippie moderna, a menina-rasta cabelo/sangue bom, a menina reggae-samba-no-pé, a 2ª voz de primeira, nossa baby temperada com fumaça de orégano, nossa “eterna” inconseqüente, nossa gente, nossa “dente” :p .
A nova nova baiana, “a tal pernambucana”, cidadã ímpar no palco, “do lado do camarim” e “mesmo assim” sendo ouvinte, assistente e expectadora. Paixão platônica minha e tenho certeza de tantos. A dúvida e a teimosia.
Cadê a nossa Maria?
A vida é “presente”. Tá faltando você no mundo. O mundo é teu, o mundo é nosso, de mais ninguém. Graças a Deus! Amém!

Alexandre Revoredo 14/01/10

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Puxa o ar e...


Certo, concerto, conserto, consenso, compenso, condenso, convenço, concordo, de acordo, acordo, acorde, acorda, a corda, a cor, a cores, de cor, decore, decorre, decorrer, correr, decorrente, corrente, concorrente, concordante, concorde, recorde, recorre, corre, corrige, cor... cor...corr...corrrsário, calvário, cavalo, carvalho, caralho!!!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Ociando...


Negócio = Nego o ócio, negando o ócio. Coisas do português (não o da padaria).

Vou me mudar, mudar-me vou.


Tô de mudança nêga,

Mudança de comportamento.

Pra onde eu vou?

Vou mais pra dentro,

mais pra dentro de mim.

Sabe o que vou mudar?

Muita coisa, alguns conceitos.

Mudam as iniciativas

e uns pontos de vista.

Isso vai ser bom, vai sim.

Pretendo e preciso,

to muito cheio de mim.

Faço assim, Jogo fora

Invento outro.

Mantenho as roupas e

a pouca vergonha,

O bom gosto, o bom senso

e a realização de quem vive enquanto sonha.


Alexandre Revoredo/Nádia Patrícia