sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

À Maria, de graça!


O presente 3

Faz falta a cor e a harmonia, se foi a cumplicidade, os bons conselhos dados e recebidos, o menu variado, o fino da bossa, o torpor baseado, a alegria nossa. O perfume dos cabelos, as flores colores e até a revolta com os pêlos.
Não tem mais discussão, ao menos aqui, discurso, recurso gramatical. Não tem mais atrasos, também não tem mais presença. Não tem mais desafinos, voz bonita, boa música, sobrou o desatino.
Se foi a letra pra melodia, a melodia pra poesia, o samba, reggae de primeira, abraços, cachaça e risada a noite inteira.
Para onde foi o talento invejável, a letra legível, o" ser do bem" mais possível, o irreal e o tátil?
Se foi a flor delicada, nossa Maria Chiquinha, fantasia de muitos, conquista de poucos triunfantes barbudo-cabeludos.
A irmã, a amiga, a companheira de luz e de vela, a parceira, a pariceira, a nossa namoradinha, viajante viajada, a hippie moderna, a menina-rasta cabelo/sangue bom, a menina reggae-samba-no-pé, a 2ª voz de primeira, nossa baby temperada com fumaça de orégano, nossa “eterna” inconseqüente, nossa gente, nossa “dente” :p .
A nova nova baiana, “a tal pernambucana”, cidadã ímpar no palco, “do lado do camarim” e “mesmo assim” sendo ouvinte, assistente e expectadora. Paixão platônica minha e tenho certeza de tantos. A dúvida e a teimosia.
Cadê a nossa Maria?
A vida é “presente”. Tá faltando você no mundo. O mundo é teu, o mundo é nosso, de mais ninguém. Graças a Deus! Amém!

Alexandre Revoredo 14/01/10

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